sexta-feira, 14 de agosto de 2015



"Morre-se um pouco todos os dias".
Enlouquece-se de dor, sem perder a razão, o que parece pior porque se perdessemos a razão, talvez perderíamos o sentimento.
A dor desta perda é um pranto de lágrimas, um lamento silencioso.
Se olhar bem no fundo dos olhos, o brilho se apagou e a lágrima é a dor que transborda, que afoga e sufoca.
Vejo a vida de meu filho ir-se não de uma vez, mas todas as vezes que me deparo com algum jovem que teria a idade dele...
Imaginar como ele estaria... como seria...
Conto essa história sem mágoas, ódios ou rancores. Mas a angústia que sinto, ao recordar seu rosto e a falta que me faz e de como se foi tão cedo, às vezes me faz fraquejar...
Porém, surpreendentemente, Deus me concede uma inexplicável força para ir em frente com a determinação de quem não se entregou à maior dor que alguém pode sentir.. a dor de ficar sem o seu próprio eu..."

Nenhum comentário:

Postar um comentário